domingo, 13 de maio de 2007

PALÁCIO NACIONAL DA PENA

O Palácio Nacional da Pena constitui uma das expressões máximas do Romantismo aplicado ao património edificado no séc. XIX em Portugal. Este extraordinário Monumento Nacional deve-se inteiramente à iniciativa de D. Fernando de Saxe Coburgo-Gotha, que casou com a Rainha D. Maria II, em 1836. Dotado de uma educação muito completa, o futuro D. Fernando II enamorou-se rapidamente de Sintra e, ao subir a Serra pela primeira vez, avistou as ruínas do antigo convento de frades hieronimitas, originalmente construído no reinado de D. João II e substancialmente transformado com D. Manuel I que, ao cumprir uma promessa, o mandou reconstruir, em pedra, em louvor de Nossa Senhora da Pena, doando-o novamente à ordem dos monges de S. Jerónimo.

Com o Terramoto de 1755, que devastou Lisboa e toda a região circundante, o convento da Pena caiu em ruína. Apenas a Capela, na zona do altar-mor, com o magnífico retábulo em mármore e alabastro atribuído a Nicolau de Chanterenne, permaneceu intacto. Foram estas ruínas, no topo escarpado da Serra de Sintra, que maravilharam o jovem príncipe D. Fernando. Em 1838, decidiu adquirir o velho convento, toda a cerca envolvente, o Castelo dos Mouros e outras quintas e matas circundantes. Assim, deu início ao seu sonho romântico: reconstruir o antigo convento e anexar-lhe uma parte nova para complemento desta residência de Verão da família real portuguesa.

Pensou, igualmente, em mandar plantar um magnífico parque, à inglesa, com as mais variadas, exóticas e ricas espécies arbóreas. Desta forma, Parque e Palácio da Pena constituem um todo magnífico. O Palácio, em si, é um edifício ecléctico onde a profusão de estilos e o movimento dos volumes são uma invulgar e excepcional lição de arquitectura. Quase todo o Palácio assenta em enormes rochedos, e a mistura de estilos que ostenta (neo-gótico, neo-manuelino, neo-islâmico, neo-renascentista, etc.) é verdadeiramente intencional, na medida em que a mentalidade romântica do séc. XIX dedicava um invulgar fascínio ao exotismo. O conjunto das diversas guaritas, das mais variadas formas e feitios, o desnivelamento dos sucessivos terraços, o revestimento parietal com azulejos neo-hispano-árabes, oitocentistas, são elementos significativos. A adaptação da janela do Convento de Cristo em Tomar, do lado do Pátio dos Arcos e a notável figura do Tritão, simbolizando, segundo alguns autores, a alegoria da Criação do Mundo, são pormenores fundamentais na interpretação deste Palácio. A concepção dos interiores deste Palácio para adaptação à residência de Verão da família real valorizou os excelentes trabalhos em estuque, pinturas murais em trompe-l'oeil e diversos revestimentos em azulejo do séc. XIX, integrando as inúmeras colecções reais em ambientes onde o gosto pelo bricabraque e pelo coleccionismo são bem evidentes.
Nos últimos anos o IPPAR tem vindo a desenvolver um Programa de restauro e de valorização que permitiu, entre outros objectivos, a consolidação estrutural de todo o edifício, a pintura integral do conjunto com as cores originais, a recuperação e renovação da sinalética dos espaços exteriores e a instalação de um restaurante.

HORÁRIO
de Verão: (1 de Julho a 15 de Setembro) 10.00h – 19.00h(última entrada às 18.30h)
de Inverno(16 de Setembro a 30 de Junho) 10.00h – 17.00h(última entrada às 16.30h)
Encerrado à segunda-feira e nos feriados de 1 de Janeiro, Domingo de Páscoa, 1 de Maio e 25 de Dezembro.

ENTRADAS
•Ingresso Palácio Nacional da Pena

Até 5 anos - gratuito; 6 a 17 anos - 6 €; 18 a 64 anos - 8 €; mais de 65 anos - 6 € Bilhete conjunto (Palácio + Parque) - € 7; Parque - € 4.

•Telefone+ 351 219 105 340Fax+ 351 219 105 341
•Fax+ 351 219 105 341
•E-mail mailto:pnpena@ippar.pt
•Visitas Guiadas Marcações obrigatórias. Escolas e grupos organizados. Tel. + 351 219 105 340 Fax + 351 219 105 341
•Loja Publicações diversas, postais, material científico e didáctico, réplicas de peças das colecções e materiais de divulgação. Tel. +351 219 244 970. Cafetaria encerrada temporariamente para obras de beneficiação

Acessos Autocarro entre o portão de acesso e o Palácio de 15 em 15 minutos; autocarros de Sintra
Ana Catarina Sousa, nº 1 - 8º 1

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