domingo, 13 de maio de 2007

21 - 07/07/2007







TRABALHO DE ÁREA DE PROJECTO

EM FASE DE EXECUÇÃO.
COM TEXTOS, IMAGENS E LINKS.


Trabalhos em curso, a apresentação de cada maravilha da autoria de um dos 20 alunos da turma e uma (a Igreja e Torre dos Clérigos) a cargo da professora de A.P. / Francês/ D.T., hoje publicada.
Logo que fiquem adiantados ou concluídos, os trabalhos passarão a integrar este blog, em que se encontram as 21 maravilhas de Portugal por ordem alfabética.

CASTELO DE ALMOUROL

Fernando, 8º 1 , nº 11

CASTELO DE GUIMARÃES



Paradigma das origens da nacionalidade e da própria figura de D. Afonso Henriques, o Castelo de Guimarães é um dos monumentos mais representativos do imaginário medieval português.



O Castelo de Guimarães localiza-se na cidade com o mesmo nome, freguesia de Oliveira do Castelo, Concelho de Guimarães, Distrito de Braga, em Portugal.
Em posição dominante, sobranceiro ao Campo de São Mamede, este monumento encontra-se ligado à fundação do Condado Portucalense e às lutas da independência de Portugal, sendo designado popularmente como berço da nacionalidade.
História

Antecedentes
No contexto da Reconquista cristã da Península Ibérica, os domínios de Vimaranes foram outorgados, em fins do século IX, a um cavaleiro de suposta origem castelhana, de nome Diogo Fernades, que nelas veio a estabelecer-se.
Uma das suas filhas, de nome Mumadona Dias, desposou o poderoso conde Hermenegildo Gonçalves, vindo a governar, desde meados do século X até ao terceiro quartel do século XI, os domínios de Portucale. Mumadona enviuvou por volta de 928, entrando na posse de vastos domínios, divididos em Julho de 950 com os seus seis filhos. Nesse momento, por inspiração piedosa, fundou, na parte baixa da povoação de Vimaranes um mosteiro, ao qual veio a fazer, mais tarde, uma vultosa doação de terras, gado, rendas, objectos de culto e livros religiosos (26 de Janeiro de 959).
O castelo medieval
A povoação de Vimaranes distribuía-se, à época, em dois núcleos: um no topo do então chamado Monte Largo, e outro, no sopé dessa elevação, onde o mosteiro foi fundado. Era vulnerável à época, além das possíveis incursões de forças muçulmanas, oriundas da fronteira ao sul de Coimbra, às incursões de normandos, oriundos do mar do Norte em embarcações rápidas e ágeis, que assolavam as costas e o curso navegável dos rios à época.
Visando a defesa do núcleo monacal, a benfeitora principiou, no topo do Monte Largo, um castelo para o recolhimento das gentes em caso de necessidade. É bem conhecido historiograficamente o texto da carta de doação desse castelo aos religiosos, lavrada em Dezembro de 958, do qual consta essa decisão. Acredita-se que a estrutura então erguida, sob a invocação de São Mamede, fosse bastante simples, composta por uma torre possívelmente envolta por uma cerca.
Pouco mais de um século depois, a povoação de Vimaranes encontrava-se entre os domínios doados pelo rei Afonso VI de Leão a D. Henrique de Borgonha, que formaram o Condado Portucalense. O conde D. Henrique (1095-1112) e a sua esposa, D. Teresa de Leão escolheram esta povoação e o seu castelo como residência. Desse modo, a primitiva construção da época de Mumadona terá sido demolida e, em seu lugar, erguida a imponente estrutura da torre de menagem. O perímetro defensivo foi ampliando e reforçando, nele se rasgando a porta principal, a oeste sobre a vila, e a chamada Porta da Traição, a leste.
Dentro dos muros dessa cerca terá resisitido D. Afonso Henriques (1112-1185), em 1127, ao assédio das forças do rei Afonso VII de Leão, evento que levou Egas Moniz a garantir aquele soberano a vassalagem do seu amo, libertando a vila do cerco. No vizinho campo de São Mamede, o castelo foi testemunha do embate entre as forças de D. Afonso Henriques e as de D. Teresa (24 de Junho de 1128) que, com a vitória das armas do primeiro, deu origem à nacionalidade portuguesa.
Entre o final do século XII e o início do XIII, D. Sancho I (1185-1211) fez o circuito da parte alta da vila a cavalo, a fim de lhe assinalar um termo, sendo provável que se tivesse iniciado o amuralhamento da vila a partir de então. Em meados do século XIII, sob o reinado de D. Afonso III (1248-1279), inicia-se o traçado definitivo da cerca da vila, unificando a vila do Castelo (parte alta) à vila de Santa Maria (parte baixa). Estas obras estariam concluídas ao tempo de D. Dinis (1279-1325), em data anterior a 1322, quando a vila, cujo alcaide era Mem Rodrigues de Vasconcelos, suportou vitoriosa o assédio das tropas do infante D. Afonso. No seu interior, entretanto, manter-se-á o antigo muro da parte alta, demolido por volta de 1420.
Sob o reinado de D. Fernando (1367-1383), foram procedidas obras de reforço na cerca da vila, assediada neste período pelas tropas de Henrique II de Castela, que invadindo Portugal pelo Minho, já haviam conquistado Braga. Era seu alcaide, à época, Gonçalo Pais de Meira (1369).
Quando da crise de 1383-1385, tendo o seu alcaide, Aires Gomes da Silva, mantido o partido de Castela, a vila foi novamente cercada (Junho de 1385), agora pelas forças leais a D. João I (1385-1433), que a conquistaram. Este soberano unificou a jurisdição das duas comunidades (alta e baixa), incorporando-as a um único concelho, doravante denominado como Guimarães (1389). A cerca de Guimarães compreendia, neste período, um perímetro de cerca de dois quilômetros, sendo reforçada por oito torres e rasgada por oito portas.

Do século XV aos nossos dias
A partir do século XV, diante dos progressos na artilharia, o Castelo de Guimarães perdeu a sua função defensiva. No século seguinte as suas dependências passaram a abrigar a Cadeia Municipal, e, no século XVII, um palheiro do rei, acentuando-se a sua ruína.
No século XVIII, mediante solicitação da Colegiada, a cantaria da Torre de Nossa Senhora da Guia foi utilizada para as obras da Igreja de São Miguel da Oliveira.
Em 1836, um dos membros da Sociedade Patriótica Vimaranense defendeu a demolição do castelo e a utilização da sua pedra para ladrilhar as ruas de Guimarães, já que ele tinha servido como prisão política ao tempo de D. Miguel (1828-1834). Embora tal proposta não tenha sido aceite (por um único voto na Câmara Municipal), em meados do século procedeu-se à demolição da Torre de São Bento. A vila foi elevada a cidade em 1853, por D. Maria II (1826-1828, 1834-1853). Posteriormente, sob o reinado de D. Luís (1861-1889) o castelo foi classificado, por Decreto publicado em 19 de Março de 1881, Monumento Histórico de 1a. Classe, o único na região do Minho.
Classificado como Monumento Nacional por Decretos publicados em 27 de Agosto de 1908 e em 1910, a partir de 1937 a Direcção Geral dos Edifícios e Monumentos Nacionais iniciou-lhe uma grande campanha de intervenção, que culminou com a sua reinauguração, em 4 de Junho de 1940 por ocasião das comemorações do VIII Centenário da Fundação da Nacionalidade.
Posteriormente o mesmo órgão executou obras menores no conjunto em 1966, 1981 e 1986.
Actualmente bem conservado, encontra-se aberto a visitas públicas.
Características
O castelo apresenta planta no formato aproximado de um escudo facetado. As suas muralhas, reforçadas por quatro torres, são rasgadas por portas. Um adarve, acedido por escadas nas torres, percorre a parte superior das muralhas, coroadas por ameias pentagonais, de recorte pontiagudo. Na face oeste, uma ponte de madeira estabelece a ligação entre o adarve das muralhas e a porta da torre de menagem. No troço norte das muralhas são visíveis as ruínas da antiga alcáçova, provavelmente do século XIV, que se divide em dois pavimentos, destacando-se as suas janelas exteriores e duas chaminés.
O portão principal, a oeste, é defendido por dois torrões, estando outros dois a defender a porta da traição, a leste.
A Torre de Menagem, ao centro da praça de armas, apresenta planta quadrangular, com poucas aberturas assinalando os pavimentos, ligados internamente por escada de madeira e de pedra. Um adarve largo e contínuo permite a circulação e a observação no topo da torre, coroada por ameias pentagonais pontiagudas.

Curiosidades
De acordo com a tradição, aqui nasceu o primeiro rei de Portugal, D. Afonso Henriques (1112-85). A pia onde se afirma ter sido baptizado encontra-se na capela românica da Igreja de São Miguel da Oliveira, no sector oeste do castelo.


André Moreira, 8º 1, nº 6

CASTELO DE MARVÃO




O Castelo de Marvão, no Alentejo, localiza-se na vila e Freguesia de Santa Maria de Marvão, Concelho de Marvão, Distrito de Portalegre, em Portugal.
•O castelo inscreve-se hoje no Parque Natural da Serra de São Mamede, onde se ergue na vertente norte da serra, em posição dominante sobre a vila e estratégica sobre a linha da fronteira, controlando, no passado, a passagem do rio Sever, afluente do rio Tejo. Esse facto garantiu-lhe a atenção de diversos monarcas, expressa em diversas campanhas de remodelação, que deram ao monumento o seu aspecto actual.




História:
•Pouco se sabe quanto à primitiva ocupação humana de seu sítio, possivelmente um castro pré-histórico. À época da ocupação romana da Península Ibérica, alguns autores defendem ser esta a povoação romanizada que os Lusitanos denominavam como Medobriga, que, objecto de disputa entre as forças de Pompeu e de César, foi conquistada por tropas deste último sob o comando de Caio Longino, em meados do século I. O interesse pela povoação derivava principalmente por ser vizinha à estrada romana que ligava Cáceres a Santarém, na altura da ponte que cruzava o rio Sever (Ponte da Portagem).
•Embora não hajam maiores informações acerca do período das invasões de Suevos, Visigodos e Muçulmanos, entre 876 e 877 aí se instalou Ibn Marwan, sendo o local conhecido já no século X como Amaia de Ibn Marwan ou Fortaleza de Amaia.


Curiosidades:
•O Castelo de Marvão ergue-se sobre uma crista quartzítica, na cota de 850 metros acima do nível do mar, encerrando em seus muros a vila medieval. Os seus muros, reforçados por torres, distribuem-se em linhas defensivas concêntricas:
•a linha interna, reforçada por duas torres e um cubelo, dominada pela Torre de Menagem, de planta quadrada, que lhe é adossada;
•a linha intermediária, coroada por ameias e reforçada por torres maciças;
•a linha externa, constituída pela barbacã, de onde parte a cerca da que envolve o monte e compreende a vila. A adaptação dessa defesa no final do século XVII, converteu o castelo na cidadela da fortaleza abaluartada, com canhoneiras nos eirados, permitindo o tiro rasante.



Ana Catarina Pereira, nº 2 - 8º 1

CASTELO DE ÓBIDOS


O Castelo de Óbidos localiza-se na vila com o mesmo nome, Freguesia de Santa Maria, Concelho de Óbidos, Distrito de Leiria, em Portugal.

Exemplo da fortificação medieval portuguesa, erguido sobre um pequeno monte, outrora à beira mar, domina a planície envolvente e o rio Arnóia, a Leste. Fruto de diversas intervenções arquitetônicas ao longo dos séculos, integra o conjunto da vila, que preserva as suas característas medievais de maneira quase que cenográfica.

Antecedentes:
Acredita-se que a primitiva ocupação humana do seu sítio remonte à pré-história. Pela sua proximidade da costa atlântica, despertou o interesse de povos invasores da península Ibérica, tendo sido sucessivamente ocupado por Lusitanos (século IV a.C.), Romanos (século I), Visigodos (séculos V a VI) e Muçulmanos (século VIII), atribuindo-se a estes últimos a fortificação da povoação, como se constata pela observação de determinados trechos da muralha, com feições mouriscas.

O castelo medieval:
No contexto da Reconquista cristã da península, as forças do rei D. Afonso Henriques (1112-85), após as conquistas de Santarém e de Lisboa (1147), encontraram viva resistência para conquistar a povoação e seu castelo, o que finalmente através de um ardil (10 de Janeiro de 1148). O castelo encontra-se referido documentalmente em 1153.
Reconquistadas definitivamente no reinado de D. Sancho I (1185-1211), foram procedidas obras no castelo (conforme inscrição epigráfica na Torre do Facho), época em que a vila recebeu a sua Carta de Foral (1195).
O seu filho e sucessor, D. Afonso II (1211-23), doou a povoação e o respectivo castelo a D. Urraca, sua esposa (1210).
A povoação e o seu castelo mantiveram-se fiéis a D. Sancho II (1223-48), quando da crise de sua deposição, resistindo vitoriosamente, em 1246, aos assaltos das forças do Conde de Bolonha, futuro rei D. Afonso III (1248-1279). Essa resistência valeu à vila o epíteto de mui nobre e sempre leal, que figura até hoje em seu brasão de armas.

Doada como presente de casamento por D. Dinis (1279-1325) à rainha Santa Isabel durante as núpcias ali passadas, a vila passou a integrar o dote de todas as rainhas de Portugal até 1834. Este monarca fez erigir a torre de Menagem (c. 1325).
Sob o reinado de D. Fernando (1367-1383), uma inscrição epigráfica assinala a ereção, em 1375, de uma torre, por alguns considerada de menagem, embora lhe faltem as características da base maciça com entrada a nível do pavimento elevado, presentes na de D. Dinis.
Durante o contexto da crise de 1383-1385, tomou o partido da rainha Dna. Beatriz, tendo resistido às forças do Mestre de Avis. Óbidos e o seu castelo só foram tomados após o falecimento, em combate, de seu alcaide, João Gonçalves, na batalha de Aljubarrota (1385).
Sob o reinado de D. João II (1481-1495), a rainha Dna. Leonor escolheu a povoação e seu castelo para residir após o falecimento por acidente de seu filho único, o príncipe D. Afonso, optando ainda (1494) pelas águas termais da região para tratamento da enfermidade que viria a vitimar aquele monarca.

O seu sucessor, D. Manuel doou um novo Foral a Óbidos (1513), procedendo importantes melhoramentos na vila e em seu castelo. É dessa fase, no século XVI, a reconstrução dos Paços do Alcaide pelo alcaide-mor D. João de Noronha.

Do século XVIII aos nossos dias
O terramoto de 1755 causou-lhe sérios danos à estrutura.
No contexto da Guerra Peninsular, a fortificação de Óbidos disparou os primeiros tiros de artilharia na batalha de Roliça (1808), primeira derrota das tropas de Napoleão. Posteriormente registrou-se a adaptação da torre albarrã a Torre do Relógio (1842) e a construção de escada exterior de acesso à Torre de D. Fernando (1869).

O castelo e todo o conjunto urbano da vila de Óbidos encontram-se reclassificados como Monumento Nacional por Decreto do Governo publicado em 05 de Janeiro de 1951.

A partir de 1932, o conjunto sofreu as primeiras intervenções de consolidação, reconstrução e restauro a cargo da Direcção-Geral dos Edifícios e Monumentos Nacionais (DGEMN), que se estenderam pelas décadas seguintes até aos nossos dias, sendo o espaço do castelejo requalificado como Pousada do Castelo (1948-1950).



Características:
O castelo ergue-se na cota de 79 metros acima do nível do mar, com planta no formato retangular irregular (orgânica), misturando elementos dos estilos românico, gótico, manuelino e barroco, distribuídos por duas zonas principais: a do Castelejo (atual Pousada do Castelo, ou Pousada de Óbidos) e o bairro intra-muros.
O perímetro das muralhas, reforçadas por torres de planta quadrada e cilíndrica, alcança 1.565 metros, totalmente percorrido por um adarve defendido por parapeito ameado. Em alguns trechos, as muralhas elevam-se a 13 metros de altura.
O troço Leste da muralha constitui o núcleo do muralhamento mais amplo que envolve o castelo e a vila, e que, prolongando-se por ambos os lados em direção ao sul por 500 metros, fecha o perímetro em ponta, na chamada Torre do Facho.

O acesso é feito por quatro portas e dois postigos, destacando-se a Porta da Vila ou Porta de Nossa Senhora da Piedade, encimada por uma inscrição, ali colocada pelo rei D.João IV (1640-1656), e que reza: A Virgem Nossa Senhora foi concebida sem pecado original. No seu interior encontra-se uma capela com varanda, revestida de azulejos do século XVIII.

Destacam-se ainda:
O pelourinho da vila, erguido em granito. Apresenta em uma das faces o escudo com as armas reais e do outro o camaroeiro de D. Leonor, que esta rainha doou à Vila em memória da rede em que os pescadores lhe trouxeram o seu filho morto num acidente de caça. Nele, no passado, eram expostos e castigados os delinqüentes e criminosos.
O aqueduto da vila, com uma extensão de 3 km, unindo o monte da Usseira e o de Óbidos. Mandado construir pela rainha D. Catarina da Áustria, esposa de D. João III (1521-1557) transportava a água que abastecia os chafarizes de Óbidos.
O Cruzeiro da Memória, construído em comemoração da tomada de Óbidos aos mouros por D. Afonso Henriques, assinala o local onde este montou acampamento antes de conquistar a Vila.


Carlos, 8º 1, nº 7

CONVENTO DE CRISTO TOMAR

Gonçalo, 8º1, nº 12

CONVENTO E BASÍLICA DE MAFRA

O monumento mais importante do reinado de D. João V, que tanto influenciou a arquitectura portuguesa subsequente, inscreve-se numa lógica complexa, assente sobre princípios que pretendiam legitimar a autoridade do monarca a nível interno e externo...

A Mafra, “simbólica e imensurável, caber-lhe-ia fornecer a ilustração visual e retórica de um poder absoluto. As fontes nacionais parecem concordar em relação ao voto sucessório feito por D. João V, em consequência do qual o monarca autorizou, em 1711, a edificação de um convento franciscano em Mafra. Todavia, nos anos que medeiam entre 1711 e 1717, data do lançamento da primeira pedra, ocorreu uma primeira alteração de planos, e os alicerces abertos em 1716 tinham já em vista um convento de 80 monges e não de 13, como estava originalmente previsto.

Os trabalhos desta fase prolongar-se-iam até aos primeiros anos da década de 1720, quando D. João V reformulou por completo a sua ideia para Mafra, ampliando o convento de forma a poder receber 300 monges. O facto da igreja estar já num estado bastante avançado implicou a sua manutenção, adaptando-se e ampliando-se o restante plano, ainda sob a responsabilidade de João Frederico Ludovice. As obras avançaram a um ritmo extraordinário e, de todos os pontos do reino chegaram trabalhadores, transformando Mafra num dos maiores estaleiros que o nosso país conheceu.

Sagrada a igreja em 1730, o restante complexo ainda demoraria a ficar totalmente concluído, por aqui passando uma série de arquitectos e todo um conjunto de pintores, escultores, entalhadores, boa parte dos quais italianos, que imprimiram uma magnificência extraordinária aos interiores do palácio, de que destacamos a Basílica e a Biblioteca, esta última numa fase mais tardia.

A igreja axial une os palácios do Rei e da Rainha, papel que a biblioteca desempenha no extremo oposto, envolvendo ainda o convento, estruturado em torno de um pátio. Nestas componentes áulicas, eclesiásticas, militares e de saber, se estrutura a ideia de D. João V, materializada num edifício que pela sua imponência e imenso estaleiro haveria de influenciar de forma inequívoca toda a produção arquitectónica e artística posterior, assinalando “a penetração definitiva do Barroco” no nosso país.

Pedro, 8º 1, nº 17

FORTALEZA DE SAGRES


Fortaleza de Sagres:

A Fortaleza de Sagres, também designada como Castelo de Sagres ou Forte de Sagres, situa-se no sudoeste do Algarve (Portugal), em posição dominante, coroando o promontório (ponta ou cabo) de Sagres. Da sua falésia escarpada, constantemente batida pelo vento, o visitante usufrui uma deslumbrante panorâmica ao longo da costa, com destaque para as enseadas de Sagres, o cabo de São Vicente (extremo sudoeste do continente europeu) e da imensidão do Oceano Atlântico.
A própria fortaleza e as suas imediações, integradas no Parque Natural do Sudoeste Alentejano e Costa Vicentina, oferecem a possibilidade de um olhar próximo ao património natural da costa, especialmente no que se refere à flora, abrigando algumas das espécies mais representativas da região (como por exemplo: Alquitura-do-Algarve, Pampilho-marítimo, Zimbreiro, Pólio vicentino, Erva-divina, Esparto, Narciso-das-areias, Salgadeira, Chorão, Porro-bravo, Malvas, Perrexil-do-mar).


História:

Promontorium Sacrum
Não existe a certeza sobre qual seria a localização exacta deste promontório sagrado que em muito impregnou de história o local da fortaleza, mas é possível identificar, em linhas gerais, uma área que se prolongaria da ponta da Piedade à Arrifana, compreendendo o cabo de São Vicente e o cabo de Sagres. Este espaço, por muitos designados como o fim do mundo conhecido, onde se iniciavam as tormentas, até hoje integra uma das maiores áreas de menires e construções megalíticas da Europa. Visitado por navegadores oriundos do mar Mediterrâneo desde c. 4000 A.C., foi citado desde a Antiguidade clássica por Avieno, Estrabão e Plínio, como uma área cultual dedicada a Saturno ou Hércules, divindades de forte conotação com o mundo marítimo. Posteriormente, durante a ocupação islâmica da península Ibérica acentuou-se o seu carácter de local de peregrinação, denominando-se então Chakrach, muito tendo contribuído para tal a lenda das relíquias do mártir cristão São Vicente de Saragoça.

A Vila do Infante
O promontório de Sagres, bem como as vilas adjacentes de São Vicente e Sagres, foram doados em 27 de outubro de 1443, pelo regente D. Pedro ao seu irmão, o Infante D. Henrique (1394-1460). A vila de Sagres, então abandonada e em ruínas em razão das razias dos piratas de Marrocos, foi, a partir de então, reconstruída e repovoada, inclusive no tocante à sua defesa. Essa reedificação, por parte do Infante, obedeceu a alguns ditames essenciais:
· Os imperativos da logística (embarcações, mantimentos, marinheiros) da primeira fase dos Descobrimentos.
· A comodidade do controle do tráfego marítimo, por ser ponto de passagem obrigatório das embarcações que cruzavam do Mediterrâneo ao Atlântico, e vice-versa.
· A segurança e o isolamento necessários ao processamento das informações colectadas no início do projecto de expansão português que se estendia pelo norte d'África ali fronteiro.
A fortificação da ponta do promontório foi determinada pela sua localização e forma, usufruindo da falésia como defesa natural em três dos seus quatro lados, intimamente ligada às suas excelentes possibilidades estratégicas que se integram aos ditames anteriormente citados.
Dessa forma, a Sagres da primeira metade do século XIV tornou-se o núcleo da expansão marítima portuguesa, recebendo estudiosos e navegantes de todas as nacionalidades, reunidos em torno do Infante: a chamada Escola de Sagres.
Após a morte do Infante (1460), deslocando-se o eixo da expansão para Lisboa, a povoação e sua fortificação perderam importância. Como resultado da distância entre a Vila do Infante e a Aldeia do Bispo, onde se celebravam os serviços religiosos, D. Manuel (1495-1521) determinou a criação da freguesia de Sagres e a edificação da igreja matriz (1512). Mais tarde, em 1573, D. Sebastião (1568-1578) adossou dois baluartes nos extremos da muralha já existente, elementos cruciais na arquitectura militar após o advento da artilharia, colocados estrategicamente em locais que optimizavam o tiro cruzado.
Fortaleza de Sagres, Portugal: vista da "rosa-dos-ventos".
Dando prosseguimento às reformas iniciadas no reinado de D. Sebastião, à époda da Dinastia Filipina, no reinado de Filipe I de Portugal (1580-1598), determinou-se a edificação de uma torre (ou Torreão central) no interior da fortificação, permitindo a ligação com a porta de entrada através de um túnel e apresentando, no topo, uma plataforma para artilharia, aumentando a capacidade defensiva da estrutura.
No contexto dos atritos entre as Coroas da Espanha e da Grã-Bretanha, no cenário internacional do final do século XVI, a armada do corsário Sir Francis Drake atacou a região de Sagres (1587), que foi violentamente saqueada e incendiada. Na ocasião, sofreram severos danos as fortificações da Baleeira, de Belixe e de São Vicente. Um desenho do ataque inglês, atualmente na Biblioteca do Museu Britânico, retrata as fortificações da região à época (1587), evidenciando o seu carácter de transição da Idade Média, para a arquitectura militar moderna. No tocante à Fortaleza de Sagres, reconhece-se, a partir do exterior:
Um pequeno bastião quadrangular de faxina, com a função de assegurar a primeira linha de defesa;
Uma muralha de alvenaria de pedra, com o formato dos dentes de uma serra e uma extensão aproximada de 180 metros, encimada por ameias, fechava o istmo de lado a lado;
Dois baluartes baixos, com ameias, posicionavam-se em cada extremidade da muralha;
A meio da cortina abria-se uma pequena porta, dando acesso a dois pequenos pátios amuralhados e ameados, com portas alternadas, à maneira dos castelos medievais;
No interior dispunha-se a Praça de Armas, rodeada por um conjunto de habitações ligado por uma cortina às muralhas laterais, conjunto esse dominado por um cubelo na extremidade oposta, e a antiga Igreja de Santa Maria.
Após o assalto de Drake, cogitou-se a modernização da fortificação manuelina. Em 1621, Alexandre Massai, um engenheiro militar napolitano, apresentou um projecto para a construção de novos baluartes com maior capacidade defensiva, mas não foi concretizado. Só em 1631 é que reparos nas muralhas arruinadas foram determinados por Filipe III de Portugal (1621-1640). As obras foram iniciadas no ano seguinte, aproveitando-se trechos das antigas muralhas e levantando-se baterias renascentistas, obras que prosseguiram após a Restauração da Independência, no reinado de D. João IV (1640-1656). Entretanto, as novas muralhas exteriores permaneceram incompletas, coexistindo com as antigas muralhas henriquinas.
Fortaleza de Sagres, Portugal: vista desde o mar.
A fortaleza foi seriamente danificada pelo·tsunami imediatamente subseqüente ao terramoto de 1755, quando a gigantesca onda galgou a altura do penhasco. O estado de ruína, provocado pelo tempo e pelos elementos, prolongou-se até ao reinado de D. Maria I (1777-1816), quando esta soberana ordenou a reconstrução da estrutura. Para tanto, foram demolidas as antigas muralhas medievais e, entre 1793-94, terminadas as obras do novo traçado de muralhas. Adequadas às necessidades de defesa da época, eram mais baixas e compactas empregando argamassa de reboco para melhor absorver o impacto dos projécteis da artilharia da época. Nas extremidades ergueram-se dois meio-baluartes, artilhados. No interior do terrapleno, um torreão central substituiu o antigo cubelo filipino.
Os continuados conflitos no século seguinte fizeram com que a fortificação de Sagres assumisse um importante papel de coordenação em toda a linha defensiva no oeste do litoral algarvio.
As restaurações do século XX
Classificada como Monumento Nacional por Decreto de 16 de junho de 1910, os trabalhos de restauração promovidos nas décadas de 1950 e 1960 descaracterizaram a estrutura ao procurar devolvê-la à configuração quinhentista original. As edificações do lado esquerdo foram reconstruídas conforme aquelas desenhadas na iconografia do ataque de Drake, com um piso térreo e uma chaminé por divisão. Foi colocada a descoberto, nesta fase, a chamada Rosa-dos-Ventos.
Na década de 1980, face à degradação do conjunto e visando adequar a utilização do sítio aos pressupostos da Carta de Veneza (possibilitando o acolhimento turístico), foi lançado um concurso para a recuperação da Fortaleza de Sagres. O projecto vencedor, do arquitecto João Carreira, apesar de uma década de polêmica suscitada pela natureza da nova intervenção, introduziu em Portugal a discussão da reutilização dos monumentos, face à compatibilidade das novas estruturas com a memória do passado.
Atualmente, a Fortaleza de Sagres encontra-se aberta diáriamente ao público. Além de se poder apreciar as estruturas anteriores ao século XVIII, recuperadas, modernas intervenções permitem visitar as diversas áreas do promontório, podendo usufruir ainda de um centro de exposições, um centro de multimédia, lojas de artigos culturais e de uma cafetaria.
Características
Muralha
De traçado poligonal abaluartado, compõe-se de uma cortina fechando o lado de terra e de um muro que se estende pelo flanco esquerdo. Nas duas extremidades da cortina, erguem-se os meio-baluartes de 1793, um sob a invocação de Santa Bárbara (padroeira da artilharia) e outro de Santo António (patrono do exército português).
Fortaleza de Sagres, Portugal: panorâmica da entrada principal.
A meio da cortina abre-se o Portão Monumental da praça, em estilo neoclássico, encimado por um escudo de armas no frontão e uma placa epigráfica referindo o então governador do Algarve, D. Nuno José Fulgêncio João Nepomuceno de Mendonça e Moura (1793).
Pelo lado interno do portão pode ser vista uma lápide em memória do Infante D. Henrique, colocada por volta de 1840.
Terrapleno
Estrategicamente distribuídos pelo terrapleno encontram-se seis baterias orientadas para o mar e guaritas. Isolado dos demais edifícios, ergue-se o Paiol da Pólvora provavelmente edificado em meados do século XVIII. Inserido no conjunto das edificações, encontra-se uma réplica de um Padrão de Descobrimento quinhentista, no qual se pode observar um escudo de armas do Infante D. Henrique. Destaca-se, entretanto, a Rosa-dos-Ventos, também denominada como Rosa-dos-ventos do Infante D. Henrique, uma ampla estrutura que se considera remontar ao século XVI. Revelada casualmente em 1921, representa uma estrela com 32 raios, simbolizando os rumos, inscritos num círculo, traçada no solo por seixos irregulares e que alguns autores crêem tratar-se do gnômon de um relógio de sol.
Edifícios
Várias edificações históricas podem ser observadas no terrapleno da fortaleza, como o torreão central, diversos quartéis e edificações como a torre cisterna - provavelmente fruto de projecto henriquino, presente em grande parte das representações da fortaleza após a incursão de Drake em 1587 -, as antigas casas da "correnteza" e a Casa do Governador, estruturas alvo de reaproveitamento turístico no projecto dos anos de 1990.
Fortaleza de Sagres, Portugal: Igreja de Nossa Senhora da Graça.
A edificação do actual templo veio substituir, possivelmente em 1570, à época de D. Sebastião, a antiga ermida de Santa Maria mandada erigir em 1459 pelo Infante D. Henrique. Após o terramoto de 1755, em que ficou danificada, foram acrescentados a sacristia e o campanário.
Apresenta uma planta simples quadrangular de nave única, com pequenas janelas isoladas nas paredes e remate em abóbada de canhão. A cabeceira, com sacristia anexada, também apresenta planta quadrangular e é encimada por uma cúpula semi-esférica. A fachada principal é demarcada pela porta de entrada com lintel e telhado de duas águas. Ao campanário, erguido na localização do antigo ossário do cemitério, acede-se através de uma escada do lado este.
Aqui se encontra inserido, desde 1997, o retábulo em estilo barroco da Capela de Santa Catarina do Forte de Belixe.


Tiago Nuno, 8º 1, nº 21

FORTIFICAÇÕES DE MONSARAZ

César, 8º 1, nº 9

IGREJA DE SÃO FRANCISCO


Identificação: Igreja de São Francisco/ Arquitectura Religiosa
Localização: Porto/ São Nicolau
Endereço: Rua Infante D. Henrique
Protecção: Classificado como Monumento nacional

A Igreja de São Francisco, a única de arquitectura
gótica na cidade do Porto, começou a ser edificada em 1383, tendo sido acabada em 1410.
A igreja está classificada pelo IPPAR como Monumento Nacional desde
1910.
No reinado de D. Fernando procedeu-se à construção do templo que hoje subsiste. As obras iniciaram-se no ano da morte do rei, 1383, e prolongaram-se pelos primeiros anos do século XIV, entrando, provavelmente, pela segunda década. O resultado foi um templo de 3 naves de cinco tramos
[1], transepto saliente, profusamente iluminado e cabeceira tripartida, com capela-mor mais profunda, cintada por grossos contrafortes. O modelo planimétrico[2] adoptado não foi mais que o já ensaiado em variadíssimos templos góticos do país, a partir do gótico mendicante do século XIII. Mas a obra de São Francisco do Porto ajuda a caracterizar o Gótico nortenho da transição para a dinastia de Avis. Prova disso é o “lacrimal decorado com bolas” na parte superior das frestas da capela-mor1.
A importância desta igreja para o Porto e para toda a História da Arte portuguesa está bem expressa na atenção dada pela DGEMN aquando do restauro iniciado em 1957. Ao contrário da larga maioria dos nossos monumentos de origem medieval, em que toda a obra pós-medieval foi sacrificada, em São Francisco do Porto tudo se manteve.

[1] Cada uma das abóbadas de uma nave.
[2]
Concernente à planimetria (arte de medir as superfícies planas).

Vanessa, 8º 1, nº 22

IGREJA E TORRE DOS CLÉRIGOS

A Igreja e Torre dos Clérigos é considerada o ex-libris do Porto, uma das primeiras igrejas barrocas da cidade e a primeira grande obra do arquitecto italiano Nicolau Nasoni, cujas arquitecturas marcaram tão fortemente a paisagem urbana do Norte do país nas décadas centrais do século XVIII.


A obra da Igreja dos Clérigos iniciou-se em 1732, por encomenda da Irmandade dos Clérigos. De forma octogonal, a parte exterior é composta por uma escadaria dupla. Nas partes laterais, destaque para os nichos onde se encontram as estátuas de s. Pedro e s. Filipe de Néri. A riqueza do seu interior, em especial dos retábulos da capela-mor, em estilo rococó, foi concebida por Manuel dos Santos Porto. A entrada é exuberante e realça a imagem do Arcanjo S. Miguel a segurar um escudo.


A igreja é constituída por uma nave de forma elíptica, sendo o tecto abobadado e dividido por arcos. A decoração é em talha barroca e rococó, incluíndo os retábulos dos altares. Na capela-mor, um trono exibe a imagem da Virgem, sob o qual se encontra o túmulo de Nicolau Nasoni. No topo da igreja, voltado para o jardim da Cordoaria, encontra-se a fachada principal da maior torre de Portugal: a Torre dos Clérigos.


Totalmente construído a granito, este imponente monumento, de 75 metros de altura, é dividido por andares de linhas simples e servido por 240 degraus. No primeiro andar, tem a porta, um medalhão com legenda bíblica e um nicho com uma imagem de S. Filipe de Nery. No segundo, uma janela. A sineira com frontão triangular e as chaves de S. Pedro ocupam o terceiro andar. Uma legenda biblíca e uma janela balaustrada no seguinte e varandas no quinto e sexto andar. Por fim, quatro sineiras.

LOCALIZAÇÃO:
Porto, R. S. Filipe Nery
HORÁRIOS:
Igreja: no Inverno, segunda a sábado 09.00-12.00/ 15.30-19.30; domingo 10.00-13.00/ 20.30-22.30; no Verão: segunda a sábado 09.00-12.00/ 15.30-19.30; domingo 10.00-13.00/ 21.00-22.00
Torre: de Inverno, todos os dias 10.00-12.00/ 14.00-17.00; de Verão: todos os dias 09.30-13.00/ 14.00-19.00 Agosto 09.30-19.00
PREÇO
1,00 € (torre); igreja: entrada gratuita.

MOSTEIRO DA BATALHA


Como foi fundado?

O Mosteiro da Batalha é o símbolo mais marcante da Dinastia de Avis. Construído por iniciativa de D. João I, na sequência de um voto à Virgem, caso vencesse a Batalha de Aljubarrota (1385), as obras iniciaram-se logo no ano seguinte, sob direcção do arquitecto português Afonso Domingues. Dessa fase resultou grande parte das estruturas da igreja e duas alas do claustro.
Em 1402 o projecto sofreu uma mudança radical, sendo a direcção das obras assumida por Mestre Huguet, arquitecto estrangeiro, provavelmente catalão, que dotou o Mosteiro da Batalha de uma matriz gótica flamejante. A este período corresponde o abobadamento dos espaços da igreja e da Sala do Capítulo, a construção da Capela do Fundador e, ainda, o início das obras das Capelas Imperfeitas.
Pelos meados do século XV, construiu-se o Claustro de D. Afonso V, obra de Fernão de Évora, e que se filia no Gótico afonsino, corrente que rejeita a exuberância do estilo flamejante em benefício de linhas simples e austeras. No reinado de D. Manuel fecharam-se as janelas das galerias do claustro e retomaram-se as obras das Capelas Imperfeitas, projecto que se prolongou até à década de 30 do século XVI, já com a inclusão de elementos renascentistas, e que foi depois abruptamente abandonado pelas solicitações de outros monumentos no país.

Hotários:

Verão(Abril a Setembro)
09.00h – 18.00h
Inverno(Outubro a Março)
09.00h – 17.00h

Encerrado nos feriados de 1 de Janeiro, Domingo de Páscoa, 1 de Maio e 25 de Dezembro


Ingressos:

Normal: 4.5€

Jovens (15 a 25 anos) e reformados: 2.25€
Portadores do Cartão Jovem: 1.8€
Crianças até aos 14 anos: gratuito

Domingos e feriados até às 14:00: gratuito.




Contactos:

Telefone: +351 244 765 497
Fax: +351 244 767 184
E-mail: mosteiro.batalha@ippar.pt


André Azevedo 8º1, nº5

MOSTEIRO DE ALCOBAÇA

Como foi fundado?

Fundada em 1153, por doação de D. Afonso Henriques a Bernardo de Claraval, a actual abadia só começou a ser construída em 1178. A Igreja, iniciada como era prática corrente pela cabeceira, com três naves à mesma altura, o transepto de duas naves e o deambulatório, formam um conjunto que impressiona pela simplicidade, grandeza e austeridade. É a maior e primeira grande obra do gótico primitivo português, depois substancialmente alargada e enriquecida com as sucessivas doações reais. Em 1308, D. Dinis faz construir o Claustro do Silêncio, acrescentado de um piso já no reinado de D. Manuel, que mandou também construir a chamada Sacristia Manuelina, obras encomendadas ao arquitecto João de Castilho.
A partir do Abade Comendatário Cardeal D. Henrique começam as grandes alterações espaciais, com a construção do Palácio Abacial no extremo Norte da Ala Norte e do Claustro do Cardeal, seguindo-se, no séc. XVII, a Hospedaria, a primitiva Sala dos Reis e o Noviciado. Notável é o Relicário e o Altar da Morte de S. Bernardo dos finais do séc. XVII, em terracota, assim como a grande cozinha do séc. XVIII. A Sala dos Túmulos, em neo-gótico, guarda os túmulos de várias rainhas e príncipes. No transepto da Igreja encontram-se duas das mais belas obras da arquitectura tumular do séc. XIV: os túmulos de D Pedro e D. Inês de Castro.
Pelos meados do século XV, construiu-se o Claustro de D. Afonso V, obra de Fernão de Évora, e que se filia no Gótico afonsino, corrente que rejeita a exuberância do estilo flamejante em benefício de linhas simples e austeras. No reinado de D. Manuel fecharam-se as janelas das galerias do claustro e retomaram-se as obras das Capelas Imperfeitas, projecto que se prolongou até à década de 30 do século XVI, já com a inclusão de elementos renascentistas, e que foi depois abruptamente abandonado pelas solicitações de outros monumentos no país.

Informações:

Freguesia: Alcobaça
Concelho: Alcobaça
Tipo de Gestão: IPPAR (Serviço Dependente). Igreja afecta ao culto
Responsável: Dr. Rui Rasquilho.

Ingresso:

  • Igreja - gratuito
  • Conjunto Monástico:Normal: 4.5€
  • Jovens (15 a 25 anos) e reformados:
    2.25€
  • Portadores do Cartão Jovem: 1.8€
  • Crianças até aos 14 anos: gratuito.
  • Domingos e Feriados até às 14h00: gratuito.

Horários:


Verão:
(Abril a Setembro)09.00h - 19.00h
Inverno:
(Outubro a Março)09.00h - 17.00h
A Bilheteira encerra 30 minutos antes do fecho do monumento Encerrado nos feriados de 1 de Janeiro, Domingo de Páscoa, 1 de Maio e 25 de Dezembro.





Contactos:

Telefone: +351 262 505 120
Fax: +351 262 505 130
E-mail: mosteiro.alcobaca@ippar.pt



Daniel 8º1, nº10

MOSTEIRO DOS JERÓNIMOS

A História do Mosteiro dos Jerónimos
O rei D. Manuel I pediu autorização à Santa Sé em 1496 para erigir um grande mosteiro à entrada de Lisboa, próximo das margens do rio Tejo. Cinco anos depois, o Mosteiro dos Jerónimos começou a tomar forma...

O Mosteiro dos Jerónimos é habitualmente apontado como a "jóia" da arquitectura manuelina, que integra elementos arquitectónicos do gótico final e do renascimento, associando-lhe uma simbologia régia, cristológica e naturalista, que a torna única e digna de admiração.Para ocupar o Mosteiro, D. Manuel I escolheu os monges da Ordem de S. Jerónimo , que teriam como funções, entre outras, rezar pela alma do rei e prestar assistência espiritual aos mareantes e navegadores que da praia do Restelo partiam à descoberta de outros mundos.

“Partes da casa”

•Igreja-Entrada
•Igreja-Altar
•Sacristia
•Claustro
•Refeitório
•Sala do Capítulo

Conservação e Restauro

A elaboração dos projectos de valorização do Claustro do Mosteiro dos Jerónimos iniciaram-se com um intensivo processo de investigação, que procurou determinar a evolução arquitectónica e histórica dos edifícios

Para visitar
Outubro a Abril das 10H00 às 17H00
Maio a Setembro das 10H00 às 18H00
Igreja:gratuito.
Claustros e dependências:Normal: € 4.5Jovens (15 a 25 anos) e reformados: € 2.25Portadores do Cartão Jovem: € 1.8
Admissão gratuita:Crianças até aos 14 anosPúblico em geral aos Domingos e Feriados até às 14H00Professores e alunos em visita de estudo, quando portadores de credencial da escola/ instituição de formação.

Tiago Wong, 8º 1, nº 20

PAÇO DUCAL DE VILA VIÇOSA

Joana, 8º 1, nº 13

UNIVERSIDADE DE COIMBRA

Sede da mais antiga universidade de Portugal, Coimbra é uma cidade sobretudo animada pelos estudantes que vivem e estudam aqui, mas está também cheia de monumentos e tesouros históricos e conta com um comércio movimentado e a presença vibrante do Mondego, o "Rio dos Poetas" como os habitantes locais lhe chamam orgulhosamente, oferecendo ao visitante a beleza das suas margens e alimentando os campos férteis do vale circundante. Coimbra oferece muitos outros sítios a explorar e um vasto calendário de eventos culturais e de diversão, mas torna-se especialmente apetecível em Maio, quando os estudantes celebram o final do ano académico com a tradicional Queima das Fitas, enchendo as ruas de música e animação esfuziante.

Uma das mais antigas Universidades da Europa.Fundada em Lisboa em 1290, foi transferida definitivamente para Coimbra em 1537, instalando-se no Paço Real. Neste local terão os romanos edificado o pretoriumo que já diz muito da importância estratégica e logo militar do local. Foi depois o local da Alcáçova árabe que teria uma configuração geométrica similar à configuração actual. Com a conquista cristã veio a ser o Paço Afonsino, que o Rei D. Manuel reformaria profundamente, mandando também edificar a Capela de S. Miguel. O edifício apenas passou a pertencer à Universidade em 1597, data em que esta instituição o adquiriu, durante o domínio filipino, ao Monarca Espanhol - Filipe II (I de Portugal). É nesta época que nascem ao lado do Paço novas estruturas: a Biblioteca, a Torre e a Via Latina. A Porta Férrea, também mandada instalar nesta

•A Universidade de Coimbra é uma referência incontornável no panorama do ensino superior e da investigação em Portugal, pela qualidade reconhecida do ensino ministrado nas suas oito Faculdades e pelos avanços que tem permitido à investigação pura e aplicada, em várias áreas do conhecimento, em Portugal e no mundo.
•O prestígio da Universidade de Coimbra pode ser comprovado pela posição que esta instituição ocupa em classificações internacionais de relevo sobre universidades e centros de investigação.
•Não só esta universidade constitui um verdadeiro ícone da cultura de Portugal no mundo como prossegue, em diversas frentes, esforços de melhoria constante que lhe permitem continuar a afirmar a qualidade do trabalho de investigação, ensino e intervenção activa no desenvolvimento do tecido empresarial e de actividades de conhecimento intensivo em Portugal, em ligação com organizações multinacionais e internacionais pioneiras no avanço da ciência e do conhecimento.
•Nesta área do sítio da Universidade de Coimbra encontra informação que lhe permitirá conhecer melhor a Universidade de Coimbra e as actividades aqui desenvolvidas.
•A história da Universidade de Coimbra remonta ao século seguinte ao da própria fundação da nação portuguesa, dado que a Universidade foi criada no século XIII, em 1290.
•Antes, porém, em 1288, foi elaborada uma Súplica ao Papa Nicolau IV (de que só se conhece o traslado) datada de 17 de Novembro de 1288 e assinada pelos abades dos Mosteiros de Alcobaça, Santa Cruz de Coimbra e S. Vicente de Lisboa e pelos superiores de 24 igrejas e conventos do Reino.
•Este documento solicitava a fundação de um “Estudo Geral” e aquelas instituições religiosas assumiam a garantia do seu financiamento. Não se sabe se a Súplica chegou à Santa Sé.

Sara, 8º 1 - nº 19

PALÁCIO DE MATEUS

Catarina, 8º 1, nº 8

PALÁCIO NACIONAL DA PENA

O Palácio Nacional da Pena constitui uma das expressões máximas do Romantismo aplicado ao património edificado no séc. XIX em Portugal. Este extraordinário Monumento Nacional deve-se inteiramente à iniciativa de D. Fernando de Saxe Coburgo-Gotha, que casou com a Rainha D. Maria II, em 1836. Dotado de uma educação muito completa, o futuro D. Fernando II enamorou-se rapidamente de Sintra e, ao subir a Serra pela primeira vez, avistou as ruínas do antigo convento de frades hieronimitas, originalmente construído no reinado de D. João II e substancialmente transformado com D. Manuel I que, ao cumprir uma promessa, o mandou reconstruir, em pedra, em louvor de Nossa Senhora da Pena, doando-o novamente à ordem dos monges de S. Jerónimo.

Com o Terramoto de 1755, que devastou Lisboa e toda a região circundante, o convento da Pena caiu em ruína. Apenas a Capela, na zona do altar-mor, com o magnífico retábulo em mármore e alabastro atribuído a Nicolau de Chanterenne, permaneceu intacto. Foram estas ruínas, no topo escarpado da Serra de Sintra, que maravilharam o jovem príncipe D. Fernando. Em 1838, decidiu adquirir o velho convento, toda a cerca envolvente, o Castelo dos Mouros e outras quintas e matas circundantes. Assim, deu início ao seu sonho romântico: reconstruir o antigo convento e anexar-lhe uma parte nova para complemento desta residência de Verão da família real portuguesa.

Pensou, igualmente, em mandar plantar um magnífico parque, à inglesa, com as mais variadas, exóticas e ricas espécies arbóreas. Desta forma, Parque e Palácio da Pena constituem um todo magnífico. O Palácio, em si, é um edifício ecléctico onde a profusão de estilos e o movimento dos volumes são uma invulgar e excepcional lição de arquitectura. Quase todo o Palácio assenta em enormes rochedos, e a mistura de estilos que ostenta (neo-gótico, neo-manuelino, neo-islâmico, neo-renascentista, etc.) é verdadeiramente intencional, na medida em que a mentalidade romântica do séc. XIX dedicava um invulgar fascínio ao exotismo. O conjunto das diversas guaritas, das mais variadas formas e feitios, o desnivelamento dos sucessivos terraços, o revestimento parietal com azulejos neo-hispano-árabes, oitocentistas, são elementos significativos. A adaptação da janela do Convento de Cristo em Tomar, do lado do Pátio dos Arcos e a notável figura do Tritão, simbolizando, segundo alguns autores, a alegoria da Criação do Mundo, são pormenores fundamentais na interpretação deste Palácio. A concepção dos interiores deste Palácio para adaptação à residência de Verão da família real valorizou os excelentes trabalhos em estuque, pinturas murais em trompe-l'oeil e diversos revestimentos em azulejo do séc. XIX, integrando as inúmeras colecções reais em ambientes onde o gosto pelo bricabraque e pelo coleccionismo são bem evidentes.
Nos últimos anos o IPPAR tem vindo a desenvolver um Programa de restauro e de valorização que permitiu, entre outros objectivos, a consolidação estrutural de todo o edifício, a pintura integral do conjunto com as cores originais, a recuperação e renovação da sinalética dos espaços exteriores e a instalação de um restaurante.

HORÁRIO
de Verão: (1 de Julho a 15 de Setembro) 10.00h – 19.00h(última entrada às 18.30h)
de Inverno(16 de Setembro a 30 de Junho) 10.00h – 17.00h(última entrada às 16.30h)
Encerrado à segunda-feira e nos feriados de 1 de Janeiro, Domingo de Páscoa, 1 de Maio e 25 de Dezembro.

ENTRADAS
•Ingresso Palácio Nacional da Pena

Até 5 anos - gratuito; 6 a 17 anos - 6 €; 18 a 64 anos - 8 €; mais de 65 anos - 6 € Bilhete conjunto (Palácio + Parque) - € 7; Parque - € 4.

•Telefone+ 351 219 105 340Fax+ 351 219 105 341
•Fax+ 351 219 105 341
•E-mail mailto:pnpena@ippar.pt
•Visitas Guiadas Marcações obrigatórias. Escolas e grupos organizados. Tel. + 351 219 105 340 Fax + 351 219 105 341
•Loja Publicações diversas, postais, material científico e didáctico, réplicas de peças das colecções e materiais de divulgação. Tel. +351 219 244 970. Cafetaria encerrada temporariamente para obras de beneficiação

Acessos Autocarro entre o portão de acesso e o Palácio de 15 em 15 minutos; autocarros de Sintra
Ana Catarina Sousa, nº 1 - 8º 1

PALÁCIO NACIONAL DE QUELUZ


Iniciado no ano de 1747 pelo infante D. Pedro, futuro D. Pedro III, a partir de um antigo palácio rural dos Marqueses de Castelo Rodrigo, o Palácio de Queluz, classificado como Monumento Nacional, começou então a ser adaptado a residência de veraneio da família real. O corpo principal do Palácio, erigido até 1758, com as suas formas baixas e serpenteadas, decoração harmoniosa e intimista, foi completado após o casamento do Infante D. Pedro com D. Maria Francisca, a futura rainha D. Maria I (1760), altura em que os opulentos salões do interior foram enobrecidos, e bem assim os ricos jardins palacianos, povoados de fontenários barrocos, de estátuas e de recantos para folguedo. Nesta campanha interveio o grande mestre francês Jean Baptiste Rotillion (falecido em 1782), a quem se deve o célebre «PaviIhão Robillion».
Queluz, que tem sido não poucas vezes comparado com o Palácio de Versailles, difere do conjunto de Luís XIV (aliás um pouco anterior) no sentido de escala e de proporções que a sua traça revela, quiçá com uma distribuição de valores gráficos mais equilibrada, dentro de um neo-classicismo ainda muito apegado ao formulário rococó. Apenas a força e exuberância do Pavilhão concebido por Robillion de fortes influências europeias francesas, austríacas - constitui nota mais avantajada e «evoluída» pois tudo o resto é bem português, nas escalas e no próprio espírito artístico.
É claro que a monarquia também havia de se interessar por Queluz, resolvendo fincar moradia num palácio onde são notáveis as extravagâncias ao estilo do Versailles francês. Essa extravagância, misturada com os gostos de D. João VI e Carlota Joaquina (princesa do Brasil), D. Pedro IV (1º Imperador do Brasil) e as maluquices de D. Maria I, a louca, estão presentes nesse palácio onde são notáveis as mudanças feitas por esses ilustres moradores através dos seus reinados.
Com a instituição da Casa do infantado em 1654, o Palacete e as propriedades que os Marqueses de Castelo Rodrigo possuíam em Queluz e que tinham sido confiscados em 1640, passaram a pertencer aos filhos segundos dos monarcas portugueses.
Será o terceiro Senhor da Casa do Infantado, O Infante D. Pedro (1717-1786), futuro Rei D. Pedro III, que irá transformar a partir de 1747 o velho Palacete dos Castelo Rodrigo numa das mais harmoniosas residências do séc. XVIII.
O projecto inicial da "Casa de Campo" de Queluz, pois de uma residência de veraneio se tratava, foi confiado ao então Arquitecto da Casa do Infantado, Mateus Vicente de Oliveira (1706-1785). Nesta primeira fase de construção (1747-1758) ergueu-se o Corpo Central, adaptou-se a velha Cozinha, construiu-se a Ala Sul que lhe fica simétrica, ergueu-se a Ala da Capela e das futuras Salas do trono e da Música e, sob a orientação de Manuel da Maia (1608-1768), Engenheiro-Mor do Reino, realizaram-se as captações de água necessárias ao abastecimento do Palácio.
O casamento de D. Pedro com a futura Rainha D.Maria I (1760), sua sobrinha, veio a dar origem a que se realizassem profundas alterações ao projecto inicial. Nesta segunda fase de construção (1758-1786), desempenhou um papel relevante o novo Arquitecto contratado por D.Pedro, o francês Jean Baptiste Robillion (+1782), que imigrara para Lisboa. Mateus Vicente, demasiado ocupado com as obras de reconstrução de Lisboa, abalada pelo terramoto de 1755, passou a ser o Superintendente das obras de Queluz.
Robillion rodeou-se de um escol de artistas e artífices portugueses e estrangeiros e acrescentou ao projecto inicial a Ala do Poente, o gracioso "Pavilhão Robillion", a Escadaria dos Leões, solução cenográfica de ligação do Palácio à Quinta e, transformou, embelezando, a Fachada de Cerimónias que abre sobre os Jardins Pênsil e de Malta. Simultaneamente, ocupou-se da decoração das mais belas salas, do traçado dos jardins, da arborização do Parque e da criação neste de zonas de divertimento e de lazer como o "Jogo da Bola", o "Jogo dos Cavalinhos", ou a "Casa Chinesa", algumas hoje desaparecidas.
O Palácio no estilo rococó ( última fase do estilo barroco ), construído por vários corpos irregulares, uns ligados entre si, outros fronteiriços ao corpo principal, alberga actualmente valioso acervo de Artes Decorativas, provenientes das Colecções Reais, que ilustra a evolução do gosto em Portugal na segunda metade do século XVIII e no primeiro quartel do século XIX, além de ser usado pelo estado para reuniões especiais e visitas de chefes de estado e governo.
Situa-se no largo do Palácio Nacional de Queluz. Quem quiser visitar o Palácio, deve descer na estação de Queluz-Belas, distando o Palácio desta estação, cerca de 5 a 10 minutos a pé.

Os Jardins do Palácio Nacional de Queluz são uma atracão a parte, além do acesso a eles ser gratuito, é relaxante caminhar por entre os labirintos e observar os peixes nos inúmeros lagos e chafarizes que fazem parte desses jardins, além de poder apreciar algumas esculturas num verdadeiro museu a céu aberto e a faxada interna do palácio, ainda mais interessante do que a externa. Os jardins são cortados por um rio, poluído devido à poluição vinda com a modernidade. Mas se você é um amante da Matemática, aproveite para examinar as simetrias da parte mais próxima ao palácio.
Organizados a partir de 1760, aquando do casamento do infante D. Pedro com a futura Rainha D. Maria I, no perímetro do Palácio Nacional, os opulentos jardins revelam uma concepção cenográfica de largos recursos, que se deve ao arquitecto Robillion e ao jardineiro holandês José Van del Kolk, dentro do «gosto francês» dominante.
Os tanques, as fontes, as numerosas estátuas «rococó», os vasos de mármore, recortando e delimitando com rigor as zonas de verdura cuidadosamente organizadas, as cascatas barrocas, os lagos e o amplo canal (outrora navegável, e decorado com azulejaria setecentista), tudo denuncia um gosto minucioso e opulento, animando o próprio conjunto arquitectónico do Palácio.

Jardins


Neptuno ou Pênsil

Os jardins do Palácio Nacional de Queluz, imitam os jardins do Palácio de Versailles com sua simetria e tanques.
Em frente da fachada de cerimônia, delineada em 1762 por Robillon, também chamado Jardim Pênsil por se apoiar em contrafortes de grossa silharia. Nele se encontram vários tanques, tendo o principal, ao centro, diversas figuras alegóricas das quatro estações (a que falta o Inverno) cercando a figura principal de Neptuno, que provém da desmantelada Quinta do Senhor de Serra em Belas, é atribuída ao grande mestre italiano Bernini. A balaustrada que o cerca é interrompida pela figura da Fama, de Manuel Alves e Silvestre Faria sobre o desenhos de Robillon.

Azereiros

Separado por esta balaustrada e em nível inferior, fica o Jardim dos Azereiros, mandado plantar por Junot aquando ali habitou durante as invasões francesas. Também aqui se podem ver dois tanques: o dos Amores e o do Golfinho.

Capela


Desenhada por Mateus Vicente de Oliveira, a Capela tem uma só nave e é visível de fora do edifício por uma Cúpula de influência alemã. Está profusamente decorada por talha dourada de autoria de Silvestre Faria Lobo e é um bom exemplo do estilo Português rocaille. O painel do retábulo por trás do Altar-mor descrevendo a Imaculada Conceição, padroeira de Queluz, é um trabalho do pintor André Gonçalves (1692-1762).
A Rainha D. Maria e as suas irmãs também participaram na decoração por terem pintado quatro painéis nas paredes por baixo da Cúpula.Por ocasião de festivais religiosos, a orquestra de D. Maria— considerada por William Beckford como uma das melhores da Europa— também tocou aqui.


Salas

Sala do Trono (1768-1770)

Destinada inicialmente a Sala de Festas, passou a ser Sala do Docel ou do Trono a partir de 1787. Serviu também ocasionalmente de Corpo de Igreja, Teatro e Câmara Ardente.
Ocupa a parte do edifício fronteiriço ao Jardim dos Azereiros, é no estilo Luis XV.
A obra de talha dourada do primeiro Trono, constituída por um escudo com as Armas Reais sustentado por dois dragões e rematado por um grande laço era da autoria do entalhador Silvestre Faria Lobo.
As pinturas alegóricas do teto representam a Fé, o Sol, a Esperança, a Guerra, a Justiça e a Caridade.

Sala da Música (1759-1768)

Nesta sala tocava a orquestra de Câmara da Rainha D. Maria I e algumas vezes se realizaram espectáculos de Ópera antes da inauguração do Real Teatro de Queluz (1774). Serviu também de Capela-Mor por ocasião do Baptizado dos Infantes e foi Sala de Audiências da Rainha D.Carlota Joaquina.
Concluída em 1759, a sua decoração foi modificada em 1768, retirando-se as pinturas decorativas em "Chinoiserie" e optando-se pela talha decorativa ao gosto rococó europeu.

Sala dos Embaixadores (1757-1762)


Primitivamente designada Barraca Rica, Casa Grande ou da Galeria, e mais tarde dos Embaixadores ou dos Serenins. Aqui tinham lugar os concertos e festas dados no tempo de D.Pedro III nos dias de S. João e de S.Pedro. No século XIX passou a ser usada para as Audiências ao Corpo Diplomático e aos Ministros estrangeiros.
Grandes vasos de porcelana da China (Talhas) colocados sobre penhas de talha dourada e pequenos vasos nos nichos das paredes constituíam o principal elemento da decoração desta Sala.
Os tetos e a sanca são decorados com pinturas alegóricas e "chinoiseries", algumas sobre espelho, destacando-se o painel central, de efeito cenográfico, que representa a Família Real (D. José I, mulher e filhas e o futuro D.Pedro III), o Maestro de Música e a Corte assistindo a um Serenim.

Sala do Toucador (1774-1786)

Gracioso gabinete íntimo que fazia parte dos Aposentos quer de D.Pedro III, quer de D.João VI, quer de D.Carlota Joaquina.
Ao gosto das Cortes da Europa do séc. XVIII, a sua decoração baseia-se no jogo de espelhos e de graciosos motivos pictóricos representando meninos toucando-se. O pavimento de madeiras exóticas é desenhado segundo uma composição geométrica radiante que se repete no teto.

Sala de D. Quixote (1774-1786)

Inicialmente Sala de Café, foi Quarto de Dormir de D. Pedro III, D.Carlota Joaquina,
D.João VI, D.Pedro IV, primeiro Imperador do Brasil, que aqui nasceu e morreu, e D. Miguel.
Sala de planta quadrada onde se tem a ilusão de um espaço circular, cuja decoração pictórica da cimalha e das sobreportas, com molduras de talha dourada "rocaile", ilustra episódios da vida de D.Quixote. O teto, já neo-clássico, é rematado por um tela central, Alegoria à Música.

Sala das Merendas (1774-1786)

Pequena e graciosa dependência utilizada como Sala de Jantar privativa desde o tempo de D.Pedro III e D.Maria I.
Saleta de planta quadrada, onde se respira o espírito "rocaile", decorada com telas com ricas molduras em "papier maché" dourado evocativas do fim a que se destinava: Cenas de gênero de merendas ao ar livre e Naturezas-Mortas.


Raquel, 8º 1, nº 18

RUÍNAS DE CONÍMBRIGA



Conímbriga, cidade do Conventus Scallabitanus, província romana da Lusitânia, perto de Condeixa-a-Nova, onde se encontra um vasto campo de ruínas.
Muitos sugerem que Conímbriga tinha origem num castro de origem celta da tribo dos Conii. O que se sabe ao certo, é que Conímbriga foi ocupada pelos romanos nas campanhas de Décimo Junio Bruto, em 139 a.C. No reinado do imperador César Augusto (século I), a cidade sofre importantes obras de urbanização, tendo sido construídas as termas públicas e o Fórum. Nos finais do século IV, e com o declínio do Império Romano, é construída uma cintura muralhada de defesa urbana, com cerca de 1500m de extensão, possivelmente para substituir e reforçar a muralha antiga, do tempo de Augusto. A maneira um tanto rústica como está construida denota uma certa urgência na sua construção, evidenciando um clima de tensão e de eminentes ataques, por parte dos povos bárbaros. Em 468 os Suevos assaltam a cidade e destroem parte da muralha. A partir de então, Conímbriga começa a desertificar, acabando por perder o seu estatuto de sede episcopal para Aeminium (Coimbra), que possuia melhores condições de defesa e sobrevivência. Os habitantes que ficaram, fundaram Condeixa-a-Velha, mais a norte.
Em escavações de 1913, encontraram-se testemunhos da época do ferro, a eles podendo juntar-se peças de pedra e bronze que podem fazer recuar o início da povoação do local. As referências em fontes literárias antigas são poucas: ao descrever a Lusitânia, a partir do Douro, Caius Plinius Secundus refere-se a oppida Conimbriga; o Itinerarium de Antonino, menciona-a como estação viária na estrada que liga Olisipo (Lisboa) a Bracara Augusta (Braga).
Depois das invasões bárbaras a vida continua na cidade como prova uma inscrição do século VI, testemunho da era visigótica e árabe. As moedas visigodas são cunhadas em Aeminium, cidade que tirou o poderio a Conímbriga, e para ela se transfere a sede episcopal, embora nos Concílios até ao século VII continue a aparecer o bispo da cidade. As primeiras escavações com sequência começaram em 1899 graças a um subsídio concedido pela rainha D. Amélia. A partir de 1955 o ritmo das investigações intensificou-se. Conímbriga é uma das raras cidades romanas que conserva a cintura de muralhas, de disposição quase triangular. O tramo Norte-Sul das muralhas corta a cidade em duas zonas. Particularmente notável pela planta e pela riqueza dos mosaicos que a pavimentam, é a grande villa urbana com peristilo central, a norte da via. Em trabalhos junto à muralha sul foi descoberto um grande edifício cuja finalidade seriam termas públicas, com as suas divisões características. Os abundantes materiais arqueológicos de toda a espécie, que não era possível conservar no local encontram-se no Museu Monográfico de Conímbriga. Conimbriga fica situada a 17 km de Coimbra, na freguesia de Condeixa-a-Velha (concelho de Condeixa-a-Nova).
Conímbriga foi uma antiga cidade romana localizada ma via militar que ia de Olisipo (Lisboa) a Bracara Augusta (Braga). É a estação arqueológica romana melhor estudada em Portugal. Entre os vários escavadores desta cidade há a salientar o nome de Virgílio Ferreira que fez um estudo sistemático desta cidade. Entre 1930 e 1944 (ano da sua morte) escavou toda a área contígua à muralha leste, descobrindo, extramuros, umas termas públicas e três vivendas, entre as quais há a destacar a chamada Casa dos Repuxos, com uma área de 569 m2 pavimentada de mosaicos e com um jardim central onde se conservava todo um sistema de canalizações com mais de 500 repuxos. Na zona interna à muralha a escavação revelou uma basílica paleocristã, uma luxuosa vivenda com termas privativas. As escavações revelaram um fórum augustano demolido na época dos Flávios, altura em que a cidade recebeu um estatuto municipal, para dar lugar a um novo fórum de maiores dimensões e monumentalidade; umas termas também construídas no reinado de Augusto. Entre estes sectores monumentais foi escavada uma zona habitacional, da época claudiana, constituída por insulae que seria ocupada pela classe média da população ligada ao artesanato. A partir de uma nascente localizada em Alcabideque a água era conduzida até Conimbriga por um aqueduto.





















André Esteves, 8º 1, nº 4

TEMPLO ROMANO DE ÉVORA


Fundação
O ano 312 a.C. é apontado como data do estabelecimento dos Nabateus no enclave de Petra e da nomeação desta como sua capital. Durante o período de influência helenística dos Selêucidas e dos Ptolomaicos, Petra e a região envolvente floresceram material e culturalmente, graças ao aumento das trocas comerciais pela fundação de novas cidades: Rabbath 'Ammon (a moderna Amã) e Gerasa (actualmente Jerash).
Devido aos conflitos entre Selêucidas e Ptolomaicos, os Nabateus ganharam o controlo das rotas de comércio entre a Arábia e a Síria. Sob domínio nabateu, Petra converteu-se no eixo do comércio de especiarias, servindo de ponto de encontro entre as caravanas provenientes de Aqaba e as de cidades de Damasco e Palmira.
O estilo arquitectónico dos Nabateus, de influência greco-romana e oriental, revela a sua natureza activa e cosmopolita. Este povo acreditava que Petra se encontrava sob a protecção do deus dhû Sharâ (Dusares, em grego).


Antecedentes


A região onde se encontra Petra foi ocupada por volta do ano 1200 a.C. pela tribo dos Edomitas, recebendo o nome de Edom. A região sofreu numerosas incursões por parte das tribos israelitas, mas permaneceu sob domínio edomita até à anexação pelo império persa. Importante rota comercial entre a Península Arábica e Damasco (Síria) durante o século VI a.C., Edom foi colonizada pelos Nabateus (uma das tribos árabes), o que forçou os Edomitas a mudarem-se para o sul da Palestina.

Ana Prado, 8º 1, nº 3

TORRE DE BELÉM















TORRE DE BELÉM...OU TORRE DE S. VICENTE


A Torre de Belém é um dos monumentos mais expressivos da cidade de Lisboa. Localiza-se na margem direita do rio Tejo, onde existiu outrora a praia de Belém. Inicialmente cercada pelas águas em todo o seu perímetro, progressivamente foi envolvida pela praia, até se incorporar hoje à terra firme. Originalmente sob a invocação de São Vicente de Saragoça, padroeiro da cidade de Lisboa, designada no século XVI pelo nome de Baluarte de São Vicente a par de Belém e por Baluarte do Restelo, esta fortificação integrava o plano defensivo da barra do rio Tejo projectado à época de D. João II (1481-95), integrado na margem direita do rio pelo Baluarte de Cascais e, na esquerda, pelo Baluarte da Caparica.
Provavelmente com esboço de Garcia de Resende, veio a ter como arquitecto Francisco de Arruda. A estrutura foi iniciada no reinado de D. Manuel I (1495-1521) em 1514. Localizava-se nas águas, fronteira à antiga praia de Belém, destinada a substituir a antiga nau artilhada à qual era confiada a defesa da cidade, que naquele local ancorava, e de onde partiam as frotas para as Índias. As suas obras ficaram a cargo de Diogo Boitaca, que, à época, também dirigia as obras do vizinho Mosteiro dos Jerónimos. Concluída em 1520, foi seu primeiro alcaide Gaspar de Paiva, nomeado para a função no ano seguinte.
Com a evolução dos meios de ataque e defesa, a estrutura foi, gradualmente, perdendo a sua função defensiva original. Ao longo dos séculos foi utilizada como registo aduaneiro, posto de sinalização telegráfico, e farol.

Os seus paióis foram utilizados como masmorras para presos políticos durante o reinado de D. Filipe I (1580-98), e, mais tarde, por D. João IV (1640-1656). O Arcebispo de Braga e Primaz das Espanhas, D. Sebastião de Matos de Noronha (1636-1641), em coligação com Espanha e fazendo frente a D. João IV, foi preso e mandado para a Torre de Belém.
Sofreu várias reformas ao longo dos séculos, principalmente a do século XVIII que privilegiou as ameias, o varandim do baluarte, o nicho da Virgem voltado para o rio e o claustro.
Classificada como Monumento Nacional por Decreto de 10 de Janeiro de 1907, é considerada pela UNESCO como Património Cultural de toda a Humanidade desde 1983.

CARACTERISTÍCAS:

O monumento reflecte influências islâmicas e orientais, que caracterizam o estilo manuelino e marca o fim da tradição medieval das torres de menagem. Sendo dos primeiros baluartes para artilharia no país. Parte da sua beleza reside na decoração exterior, adornada com cordas e nós esculpidas em pedra, galerias abertas, torres de vigia no estilo mourisco e ameias em forma de escudos decoradas com esferas armilares, a cruz da Ordem de Cristo e elementos naturalistas, como um rinoceronte, alusivos às navegações. O interior gótico, por baixo do terraço, que serviu como casa de armas e prisão, é muito austero.
A sua estrutura compõe-se de dois elementos principais, a torre e o baluarte. Nos ângulos do terraço da torre e do baluarte, sobressaem guaritas cilíndricas coroadas por cúpulas de gomos, ricamente decorada em cantaria de pedra. A torre quadrangular, de tradição medieval, eleva-se em cinco pavimentos acima do baluarte, a saber:
- Primeiro pavimento - Sala do Governador.
- Segundo pavimento - Sala dos Reis, com teto elíptico e fogão ornamentado com meias-esferas.
- Terceiro pavimento - Sala de Audiências
- Quarto pavimento - Capela
- Quinto pavimento - Terraço da torre
O terraço, guarnecido por ameias, constitui uma segunda linha de fogo, onde se localiza o santuário de Nossa Senhora do Bom Sucesso com o Menino, também conhecida como a Virgem do Restelo.

INGRESSOS E HORÁRIOS:

Horário: Verão(Maio a Setembro)10.00h – 18.30h
Inverno(Outubro a Abril )10.00h – 17.00h Encerra às segundas-feiras e nos feriados de 1 de Janeiro, Domingo de Páscoa, 1 de Maio e 25 de Dezembro.
Ingresso normal: € 3Jovens (15 a 25 anos) e reformados: € 1.5Portadores do Cartão Jovem: € 1.2Crianças até aos 14 anos: gratuito. Domingos e feriados até às 14h00: gratuito
Telefones +351 213 620 034 / +351 213 620 038
Fax +351 213 639 145
Visitas Guiadas - marcações de segunda a sexta-feira




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João Guilherme, 8º 1, nº 15